Lena d'Água
para memória futura
Monday, November 25, 2019
Friday, August 09, 2019
«Se Maomé não vai à montanha...» por Rui Clemente em 2012
«É mais que sabido, mas não me canso de aplaudir a progressiva derrota de um paradigma que permeava o mundo da música, graças à internet. Com efeito, vamos deixando de estar subjugados à vontade das editoras (e do princípio que as rege: o lucro) para ter acesso à música. Há ainda inúmeras excepções, mas têm sido muitos os títulos que, embora totalmente indisponíveis no mercado, estão milagrosamente acessíveis na rede global.
Não são apenas os "piratas" (eu diria antes "benfeitores", isto é paixão pela música) que proporcionam este acesso; são também os próprios artistas que, cansados de esperar por decisões da indústria, accionam o curto-circuito e criam uma ligação directa com quem realmente importa: o seu público.
Foi o que aconteceu com um dos grandes ícones femininos do pop-rock português da década de 80. Num gesto surpreendente, Lena D'Água disponibilizou quase todo o seu espólio discográfico para download, no seu blogue.
No post intitulado Os Meus Discos (1979-2007), (post de 2006 que foi sendo actualizado desde entao), a cantora faz uma retrospectiva de toda a sua discografia, desde o single que assinalou a sua estreia em 1979, até ao registo ao vivo no Hot Clube de Portugal, Sempre (2007). Encontramos as capas e contracapas dos diversos álbuns e singles, alguns relatos em discurso directo e várias faixas disponíveis para download - álbuns quase inteiros, como Lusitânia (1984), Tu Aqui (1989) ou o raríssimo Sem Açúcar, disco de estreia dos Salada de Frutas, editado em 1980 pela Rossil e que nunca conheceu edição em CD. A qualidade de alguns ficheiros não será a melhor (copiada directamente do vinil), mas é certamente o melhor que se pode ter.
Com este tão louvável gesto de generosidade e desprendimento, Lena D'Água impediu que a sua música apodrecesse nos arquivos («se eu morrer a tempo, talvez os gajos arrisquem uma pequena edição, costuma funcionar») e trouxe-a de volta a quem de direito: todos nós.
É em nome desses "todos nós" que eu digo: obrigado, Lena!»
Rui Clemente 2012
in se-maome-nao-vai-montanha
Rui Clemente 2012
in se-maome-nao-vai-montanha
Saturday, April 13, 2019
Saturday, March 23, 2019
Salada de Frutas 'sem açúcar' (do vinil)
escuta aí
máquina
para ti
Bolonha
como se eu fosse tua
lágrimas e risos
Woodstock
shuy the shock
rodinha
outubro 1980
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Friday, March 22, 2019
Hot Clube 23 Dezembro 2005
1. no fundo dos teus olhos de água
Luis Pedro Fonseca 1982
2. labirinto
Luis Pedro Fonseca 1981
3. eu não me entendo
José Luis Gordo/José Mário Branco 1998
4. eternamente tu
Jorge Palma 1989
5. mariazinha
José Mário Branco 1971
6. quando vem do amor
Ronaldo Bastos/Luis Pedro Fonseca 1984
7. a noite passada
Sérgio Godinho 1972
8. a culpa é da vontade
António Variações 1984
9. estou além
António Variações 1983
10. sempre que o amor me quiser
Luis Pedro Fonseca 1984
Luis Pedro Fonseca 1982
2. labirinto
Luis Pedro Fonseca 1981
3. eu não me entendo
José Luis Gordo/José Mário Branco 1998
4. eternamente tu
Jorge Palma 1989
5. mariazinha
José Mário Branco 1971
6. quando vem do amor
Ronaldo Bastos/Luis Pedro Fonseca 1984
7. a noite passada
Sérgio Godinho 1972
8. a culpa é da vontade
António Variações 1984
9. estou além
António Variações 1983
10. sempre que o amor me quiser
Luis Pedro Fonseca 1984
Qual é coisa qual é ela? - O álbum das adivinhas - 1978/1979
as músicas:
a escola
a aldeia
o fotógrafo
a fábrica
o mar
o comboio
a caixeira
o pastor
o circo
o pescador
o sol
o pedreiro
álbum completo
“Morno, frio, quente, a escaldar... é uma adivinha, muitas adivinhas, para adivinhar...” Foi assim que nasceu este disco. Trabalho de brincar. Criança que não deixei, não deixámos de ser, olhos abertos para o que se passa em volta, atentos. Porque fomos três na equipa inicial: o Luís Pedro, o Zé da Ponte e eu. Muitos mais depois. A Lena Águas, os meninos que com ela brincaram de cantar, o Carlos, o Rui, o Francisco, a Ana, o João, a Betinha, a Micá e todos osa outros que trabalharam para que as Adivinhas fossem disco, este disco. “Tens que escrever umas palavras”, disseram-me. Palavras? Não. Vou antes escrever: pescador, caixeira, mar, sol, pedreiro, fotógrafo, fábrica, comboio, pastor, aldeia, circo, escola. Pensando no trabalho de cada um, parando um pouco para olhar o sol e o mar, participando, afinal, na vida de todas as pessoas e de todos os dias, surgiram as soluções para as adivinhas, tão fáceis de adivinhar. Dirão alguns que não é um disco infantil. Porque não foi ao Jardim da Celeste, não andou de mão dada com As pombinhas da Catrina nem namorou a Rosinha do meio... é verdade que às Pombinhas da Catrina preferimos o mar, o sol, e o retrato do José, de fatiota nova. Que trocámos o Jardim da Celeste pelo circo, pela aldeia, pela escola, pela fábrica. Que pusemos de lado a Rosinha do meio para cantarmos o pescador, o pedreiro, a caixeira, o pastor. O Luís Pedro, o Zé da Ponte, e eu com eles, entendemos assim o nosso – vosso disco infantil. E ficaremos felizes se todos, crianças e adultos, cantarem connosco “a batida bem certinha do coração do operário”, ou o arco-íris que faz o sol quando pelas nuvens se mete ( e só cores são sete!) ou a vida da caixeira que “dobra, desdobra, busca e rebusca, conta e reconta e torna a contar”.
“Qual é coisa, qual é ela?” é o disco infantil que todos “vivemos” dia a dia.
Maria João Duarte 1978
o single ecológico de 1983 Jardim Zoológico/Papalagui
o single de 1983
jardim zoológico
papalagui construiu florestas que parecem querer tocar o céu
gigantes de pedra sobre a natureza que abateu
preso num mundo que fez pra si
à velocidade de uma pedra que é lançada ao ar
corre atrás do tempo como se o quisesse agarrar
testa franzida, quase não ri, PAPALAGUI
nas leis do seu jogo e na sua forma de pensar
Deus é o dinheiro, só é salvo quem o adorar
dono do mundo, escravo de si, PAPALAGUI
vive nas florestas que parecem querer tocar o céu
em baús de pedra que o fumo já enegreceu
dono do mundo, escravo de si, PAPALAGUI
jardim zoológico
gigantes de pedra sobre a natureza que abateu
preso num mundo que fez pra si
à velocidade de uma pedra que é lançada ao ar
corre atrás do tempo como se o quisesse agarrar
testa franzida, quase não ri, PAPALAGUI
nas leis do seu jogo e na sua forma de pensar
Deus é o dinheiro, só é salvo quem o adorar
dono do mundo, escravo de si, PAPALAGUI
vive nas florestas que parecem querer tocar o céu
em baús de pedra que o fumo já enegreceu
dono do mundo, escravo de si, PAPALAGUI
Labels:
luis pedro fonseca
Aguaceiro, 1987
lado A
voar
fim do verão
estou além
a barca dos amantes
lado B
aguaceiro
bela adormecida
redondo vocábulo
se o vento chamar por mim
(só em vinil)
arranjos e produção de António Emiliano
Aguaceiro
Ficha técnica:
António Emiliano, teclados
João Maló, guitarra
Yuri Ferreira, baixo
Manuel Costa Reis, bateria
Emanuel Ramalho, bateria em Estou Além
Carlos Martins, saxofone em Voar e Fim do verão
Rui Veloso, guitarra solo em Aguaceiro
Isabel Campelo/ João Teixeira, coros em Fim do verão e Se o vento chamar por mim
Sara Águas, Filipa Águas e Joana Leal, coros em Voar
Fotografia, Raul Constâncio
Capa, José Manuel- Avenida Designers
Gravação, assistência de produção e supervisão de corte de acetato de Jorge Barata
Gravado e misturado no AngelStudio2, em junho e julho de 1987
Arranjos e Produção de António Emiliano para a CBS (Portugal)
o primeiro disco
o nosso livro (teledisco)
1979
face A O nosso livro (Florbela Espanca)
face B Cantiga da babá (Cecília Meireles)
1979
face A O nosso livro (Florbela Espanca)
face B Cantiga da babá (Cecília Meireles)
Thursday, March 21, 2019
Terra Prometida, 1986
produzido por Robin Geoffrey Cable e Luís Pedro Fonseca
lado A
tudo bem
estou contigo
beco
tao
lado B
dou-te um doce
dança comigo
valsa nova
Ulysseia
terra prometida
Wednesday, January 30, 2019
Como sempre, como dantes (acerca do álbum de 2007, Sempre)
"Se estes anos foram uma travessia do deserto (ela diz que foi apenas da estepe) o oásis brilha no fundo dos seus olhos d’água. Diz que é o disco que sempre quis fazer. Já não será para o menino para a menina. Antes para o senhor e para a senhora. É coisa séria.
Contudo, ela ri-se. Como sempre. Conta histórias. Fala de si, da carreira, do pai, do irmão, da infância, dos Saladas de Frutas, do blog, das entrevistas anteriores, da escrita, das injustiças, do regresso, do rock e do jazz, sem nenhuma ordem específica, o discurso apenas flui. «Sou um pouco desbocada», admite. Enquanto isso chama a sua endiabrada cadela, a Tita, que salta de colo em colo, empoleira-se no patamar da janela como se fosse um gato, imitando o ritmo frenético da dona."
Contudo, ela ri-se. Como sempre. Conta histórias. Fala de si, da carreira, do pai, do irmão, da infância, dos Saladas de Frutas, do blog, das entrevistas anteriores, da escrita, das injustiças, do regresso, do rock e do jazz, sem nenhuma ordem específica, o discurso apenas flui. «Sou um pouco desbocada», admite. Enquanto isso chama a sua endiabrada cadela, a Tita, que salta de colo em colo, empoleira-se no patamar da janela como se fosse um gato, imitando o ritmo frenético da dona."
por Manuel Halpern, no Jornal de Letras
(excerto)
Thursday, September 27, 2018
tributo Elis 2002 Hot Clube - Fascinação
Nuno Ferreira - guitarra e direcção musical
Rui Caetano - piano
Nelson Cascais - contrabaixo e baixo eléctrico
João Silvestre - bateria
João Moreira - trompete
Monday, June 25, 2018
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