No verão em Lisboa, a noite demora tempo a cair. E por isso saio tarde de casa. Não suporto aquele halo de luz azulada a oeste que fica ali, lembrando-me do calor seco e da luz opressiva do dia. O ar tivera tempo para arrefecer e já soprava um vento forte que espalhava papéis pelas ruas, dando um ar desolado à cidade. Como eu gosto.
Desci a Avenida da Liberdade, triste e vazia a esta hora, se exceptuarmos os turistas que deambulam um pouco perdidos, sem saber que o Bairro Alto é já ali em cima... Decidi-me a subir até ao Bairro mas antes passaria pela Praça da Alegria, beber um copo ao Hotclube. Entrei, encostei-me ao balcão, a minha pose habitual, e de uma assentada bebi dois whiskies. Estava de costas para o palco quando ouvi uma voz familiar, a sobrepor-se ao contrabaixo….
(Foto Z)
A voz continua igual. Melhor até, livre, no jazz, onde se parece movimentar muito mais solta.
O concerto acaba. Palmas. Ela senta-se ao meu lado. É altura de começar, vou surpreendê-la e assim ela não pode fugir...
Desci a Avenida da Liberdade, triste e vazia a esta hora, se exceptuarmos os turistas que deambulam um pouco perdidos, sem saber que o Bairro Alto é já ali em cima... Decidi-me a subir até ao Bairro mas antes passaria pela Praça da Alegria, beber um copo ao Hotclube. Entrei, encostei-me ao balcão, a minha pose habitual, e de uma assentada bebi dois whiskies. Estava de costas para o palco quando ouvi uma voz familiar, a sobrepor-se ao contrabaixo….
(Foto Z)
A voz continua igual. Melhor até, livre, no jazz, onde se parece movimentar muito mais solta.
O concerto acaba. Palmas. Ela senta-se ao meu lado. É altura de começar, vou surpreendê-la e assim ela não pode fugir...