Tuesday, September 19, 2006

para ti, sem açúcar, 1980

anoiteceu, meu amor
o dia desceu no mar
escrevo o teu nome na areia
o tempo parou por instantes
vagueavas sozinho na praia
juntei-me a ti,
mergulhei no teu silêncio mágico
lentamente

anoiteceu, meu amor, pressinto-te perto
corro descalça por ti, a lua poisou-te nos olhos
e soltei os cavalos do vento, demos as mãos
caminhámos num abraço eterno
tão ao longe

encontrei-te no mar, percorri-te de cor
nos teus braços de amor adormeci
embarquei no milagre que há em ti
perdi-me contigo no silêncio do cais

amanheceu, meu amor
por dentro nasceu o sol
sobes por mim devagar, procuras o céu no meu corpo
num sorriso os teus olhos encontram nos meus
mais uma estrela que se acendeu
em ti deslizo mansamente

10 comments:

Helena said...

quem quiser o sem açúcar em vinil (wma) é só clicar no link e guardar as músicas :)

... enquanto espero pela reunião de 5ª feira ...

Sara Mota said...

ADORO esta música...! :'))

Ah, deixa-me dizer que essa tua foto (Avatar - a que tens actualmente quando comentas) está linda, está :O LOL

=)**

Anonymous said...

(peço desculpa de usar este post)

em resposta à folhasolta:

O site http://anossamusica.no.sapo.pt surgiu para cumprir o lema deste blog "para memória futura". Eu tive acesso a um resumo sobre as décadas de 60 a 80 e achei que era importante que fosse disponibilizado na net. Algumas das informações já foram usadas, e ainda bem, no site sobre Vilar de Mouros1971. Hoje em dia já existem mais algumas coisas mas há alguns anos não havia quase nada. Mesmo assim é preciso pessoas que ajudem a contribuir para a perservação da memória e não se limitarem a consultar o que alguns (poucos) fazem.

Se a história está mal contada não me lembro de ter lido uma melhor, pelo menos acessível na net. Todos podemos fazer páginas ou blogues. Quem acha que pode fazer melhor deve chegar-se à frente.

Eu por mim vou fazendo a minha parte por essa memória que nem sempre é bem tratada e que não deve ficar apenas nas nossas recordações.

T-Rex said...

Olá Lena!

Então e esse disco?

Está quase, quase não é?

Hoje o teu mano é a estrela lá em casa (Vedeta ou Marreta?).

Passa por lá!

PS:A entrevista na SIC está bestial. Adorei (re)ver-te na televisão.

bjs

Anonymous said...

(Peço desculpa também por responder neste post)

Caro autor (presumo) do site http://anossamusica.no.sapo.pt

Procurei o dito comentário mas já não consegui localizálo (não sei bem a data). De qualquer maneira lembro perfeitamente de o ter feito e quando falei em história mal contada referia-me exclusivamente àqueles dois parágrafos em que se fala da Manuela Moura Guedes como se fosse ela a “mãe” -- (já que o Rui Veloso é o “pai”) -- do rock português.
Passo a transcrever “ Manuela Moura Guedes (que assinou um dos melhores singles de sempre da música portuguesa, “Foram cardos foram prosas”) ... “ - e alguns parágrafos depois – “ … descobriram os “Sétima Legião” e editaram dois dos mais históricos singles da nossa cronologia: “Foram cardos foram prosas”, de Manuela Moura Guedes e “Remar, Remar”, dos Xutos&Pontapés, ...”
(Se o single “Foram cardos foram prosas” é o melhor de sempre da música portuguesa então coitados dos outros músicos dos anos 80 ... )

Se não me engano o meu comentário apareceu depois de um comentário anterior que alertava para o facto de neste texto – que pretende fazer a História exaustiva e pormenorizada do rock português dos anos 80 - se pôr a Manuela Moura Guedes nos píncaros e se omitir por completo o nome Lena d’Água.
Pessoalmente acho que é o mesmo que querer fazer a História da música francesa e dizer que a Stéphanie do Mónaco foi a cantora mais proeminente de França apagando da História nomes como a Mireille Mathieu ou a Marlène Dietrich, por exemplo.
Independentemente dos gostos musicais de cada um quando se pretende fazer um documentário histórico o mínimo que se pode exigir é a verdade dos factos.

A intenção do meu comentário não foi de maneira alguma fazer uma apreciação global do site mas sim deste texto e em particular desta situação e ao mesmo tempo chamar a atenção para um outro site sobre a música portuguesa dos anos 80 também bastante interessante.
Acho que também fiz um comentário ao aspecto gráfico do site com a informalidade de quem está numa mesa de café e comenta, comparando, algumas edições de revistas ou jornais que apareceram recentemente.

Em relação ao site http://anossamusica.no.sapo.pt , voltei agora a relê-lo e tudo bem até acho que está bastante exaustivo mas continuo a dizer que acho que ficava melhor com umas cores mais apelativas e algumas imagens e fotografias também.


(P.S. – Já agora espero que a Manuela Moura Guedes não fique ofendida por eu dizer que não foi ela a mãe do rock português ...)

Anonymous said...

(E também não entendo qual o motivo para terem apagado a Adelaide Ferreira da História ...)

Luis Eme said...

Lena visita-me em: viagenspelooeste.blogspot.com

escrevi sobre esse grande senhor, chamado José Águas.

Egrégora said...

saiste no correio da manhã de hoje, com foto no hot :)

gostei bastante das fotos de santa, vim de lá agora. O mar está brumoso e branco

**

Helena said...

;)**

Unknown said...

Acredito que mal não fará, saberes o quanto amei ao som destas palavras...
Really was the best of times.

Beijo.